Alfred Emil Andersen

pai da pintura paranaense
1860
1860

NORUEGA

1860

Alfred Emil Andersen nasceu em Christianssand, capital do condado de Vest-Agder, sul da Noruega, em 3 de novembro de 1860, como o único filho homem dentre os cinco do casal Tobias Andersen e Hanna Carina Andersen.

Sua formação artística se deu toda na Europa, em ateliês particulares da Noruega e Dinamarca, e na Academia Real de Belas Artes de Copenhagen, tendo sido aluno de artistas e decoradores de destaque em seu tempo como Wilhelm Krogh e Carl A. Andersen.

1880
1880

ARTISTA E PROFESSOR

1880

Entre as décadas de 1880 e 1890, Andersen atuou como artista profissional na Noruega e na Dinamarca, desempenhando atividades de pintor (realizando mostras individuais em Oslo e Copenhagen), professor, cenógrafo e jornalista. Aqueles eram anos conturbados no norte da Europa, particularmente para a Noruega, que após anos de dominação dinamarquesa e sueca conquistava sua independência política e cultural. Um grande movimento nacionalista e de busca por elementos que caracterizassem a identidade norueguesa impulsionou a criação artística, e definiu essas décadas como uma das mais profícuas nas artes na Noruega.

É nesse contexto que encontramos aqueles que são considerados alguns dos maiores artistas noruegueses: o compositor Edvard Grieg (1843-1907), o dramaturgo Henrik Ibsen (1828-1906) e o escritor Knut Hamsun (1859-1952). Andersen foi impregnado por esse espírito nacionalista romântico e enriquecido nele pelos contatos que teve com Hamsun e com o pintor regionalista Olaf W. Isaachsen (1835-1893).

1889
1889

PARIS

1889

Sendo filho de um capitão da marinha mercante, Andersen teve a oportunidade de visitar vários locais do mundo, e devido a essa facilidade em 1889 foi enviado a Paris para fazer a cobertura jornalística do Salão Oficial de Belas Artes, no ano em que a Torre Eiffel foi inaugurada como um marco da Exposição Universal de Paris.

1910
1910

SUA VIDA EM CURITIBA

1910

Na década de 1910, Andersen, então pai de três filhos, alargou seu campo de atuação. Passou a lecionar desenho em instituições de ensino formal da cidade, como a Escola Alemã, o Colégio Paranaense, e a Escola de Belas Artes e Indústrias (primeira instituição voltada para o ensino de técnicas artísticas aberta no Paraná e que em 1893 causou grande impacto em Andersen). Além disso, estreitou seus laços com o Governo do Estado, executando o primeiro projeto para o brasão do Estado do Paraná.

1915
1915

ATELIER-ESCOLA

1915

Um ano após o nascimento de sua última filha, Andersen mudou seu atelier-escola para a edificação em que hoje se encontra o Museu Casa Alfredo Andersen, localizada na então Rua Assunguy, atual Mateus Leme.

Nos anos que seguiram aos daquela década o trabalho de Andersen como pintor, educador e agente cultural foi extremamente rico, e sua reputação profissional se solidificou, demonstrando como a classe burguesa que se estabelecia em Curitiba mantinha um gosto enraizado nas tradições artísticas européias do século XIX.

1927
1927

RETORNO À NORUEGA

1927

Andersen retornou à Noruega numa viagem de visita a família e amigos, reencontrando seu antigo professor Wilhelm Krogh. Apesar de receber um convite do governo norueguês para ficar e dirigir a Escola de Belas Artes de Oslo, Andersen declinou e retornou ao Brasil.

1931
1931

CIDADÃO HONORÁRIO DE CURITIBA

1931

Os últimos anos de vida de Andersen foram marcados pelo reconhecimento e por homenagens, como o título de “Cidadão Honorário de Curitiba” que recebeu em 1931 da Câmara Municipal de Curitiba.
1935
1935

DEIXOU SAUDADE

1935

O pintor, já então chamado de “Alfredo” Andersen, faleceu em Curitiba no dia 9 de agosto de 1935.

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